Educar para a paz…


Eles sempre chegam de mãos dadas aos ensaios do coro infanto-juvenil de lá da igreja. E têm apenas sete e oito anos. São crianças, portanto.

Todas as vezes que os vejo chegar, tão unidos, penso na importante tarefa de ser mãe.

Minha mãe também nos criou assim, Júnior e Gabi… Para a paz.

Se brigássemos, se a coisa fosse muito séria, como naquele dia em que eu provoquei um corte enorme na perna de Marquinhos, ela vinha, me reclamava, mas pedia que um abraçasse o outro. E disséssemos um ao outros que nos amávamos.

Confesso que eu morria de raiva de ter que abraçar Marcos enquanto queria mesmo era que ele sumisse de minha frente. Ele era intrigante e pirracento. Mainha nos obrigava ao abraço, ao perdão e à cultura da não-vingança.

Gabi e Júnior me fazem lembar como é importante viver junto, andar de mãos dadas, cuidar um do outro…

Esse é um dos mais importantes segredos da vida, para mim.

foto: Ieda e Neto.

Ana Eduarda ou João Marcos.

Ainda não sou mãe. Penso que não vou querer ser tão cedo. Mesmo assim, há um potencial de maternidade em mim que está acima de mim. Há muito gente de quem me sinto verdadeiramente mãe.
Veja que música linda. Não sei de quem é, mas é uma daquelas músicas que a gente ouve e fala: bem que eu devia tê-la composto: é minha cara:

…É. Valeu todo essa espera!
Pra mim foi muito mais do que sonhar
Foi mais que viver
Foi mais que esperar
Foi mais que sorrir
Bem mais que te amar
Foi mais que querer ouvir sua voz
– Herança do Senhor para nós…
Vida de minha vida
Alma de minha alma
Estrela cadente – presente de amor sem fim
Quero te ver crescendo
Cada vez mais sorrindo
Meu fiho amado – pedaço de mim.

É… valeu todo esse tempo
Enfim poder olhar pra teu olhar
E ver sem querer
Que é quase sem fim
Que tudo em você é um pouco de mim
E como é pra mim
Sim Deus há de ser
Exemplo e razão do meu viver…