Quase não é possível, eu sei.
Mas gostaria de estar imune das desigualdades sociais que assolam o mundo e geram violência e dor.
Amaria ver meu mundo – toda a Terra mesmo! – livre de qualquer sistema opressor. De esquerda ou de direita.
Queria muito ver toda a natureza em harmonia consigo mesma e equilibrada com as invensões humanas. (Vem cá! Elas não vieram para isso?).
Gostaria muito de ver meu mundo menos consumista e, ao invés de objetos, homens e mulheres serem, de fato, cidadãos do mundo.
Queria estar Imune de coisas e pessoas que aprisionam a mente dos outros com imposição de culpas e medos.
Estar imune dos aparelhos ideológicos que nos impõem valores que, de tanto ouvir e ver, somos forçados a aceitá-los como premissas únicas e verdadeiras. Imune de igrejas, familias, da mídia, dos medos, das leis, das forças militares etc.. A Sociologia Crítica de Pedrinho Guareschi, sabe muito bem do que falo.
Sonho em ver as pessoas livres dos preconceitos que nos assolam e corroem nossa existência. E – pior! – destroem outros seres humanos. Preconceitos linguísticos, raciais, sexuais, religiosos e/ou de qualquer outro tipo.
Imune de falsidades. Inclusive daquelas que surgem de nossa própria casa.
Imune de estar imune. Porque viver é necessário e luta é sempre lugar de reflexão e crescimento.
Imune de mim. Para não ouvir de meu interior o que me impede de ser mais.
Imune!
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“Para todo tropeço, rios de misericórdia.”
Quando ninguém nos compreende Deus percebe nosso coração, nos vê e perdoa.
Além de nos amar incondicionalmente.
Ontem eu estava vindo de Salvador para Jequié com Joe e ouvi em seu i-pod uma música de Jorge Camargo que falava assim mais ou menos: ‘para todo tropeço, rios de misericórdias.’ Coisa linda, não é?
E eu fiquei me perguntando: como é que Deus nos acolhe e ama mesmo quando erramos?
Será que é porque cria nele um sentimento de proteção quando todo mundo nos aponta o dedo?
Eu tenho um sentimento de mãe imenso. Se algum amigo meu erra e todo mundo lhe julga mal, eu me ponho num lugar de amor e compreensão, tento acolhê-lo… Defendê-lo das pessoas. Isso é amor.
Mas no caso de Deus eu re-pensei melhor essa questão.
Ele não apenas nos ama: além do amor imenso, sua graça está sempre presente, incondicionalmente.
É difícil entender isso pois temos a idéia de correção, de retidão, de castigo… Talvez pelo ranço da ditadura, nos acostumamos a viver julgando as pessoas. É como se nossa mente fosse autoritária e autoritarismo (que é diferente de autoridade) fosse para nós algo altamente tolerável. Ou então isso de julgar os outros esteja no coração do homem. Intrínseco, carente de cura e revisão.
Deus, não. Ele não nos julga porque conhece o que vai em nosso coração quando vacilamos.
Ele mesmo foi quem nos fez.
Nos compreende.
Nos aceita como somos e crê que podemos nos humanizar cada dia mais.
Como diria Paulo Freire: ‘o homem possui vocação ontológica de ser mais.’ (Gosto tanto dessa frase!).
O criador sabe o que vai em nossa existência e o que nos move intimamente.
Então sou levada a dormir em paz, cheia de sua graça.
Se isso não for graça – perdão e acolhimento mesmo quando estou no fundo do poço – eu não entendo mais nada.
Cantatas e Musicais…
Eu tenho muito prazer em trabalhar com coros, mesmo não tendo habilitação acadêmica pra isso.
Vou anotar alguns dados, aleatórios, sem cronologia rígida, das atividades que fizemos juntos, especialmente com pessoas da Igreja Batista Sião, minha igreja aqui em Jequié. Que me lembre, e quero registrar isso aqui para não mais esquecer, fizemos:
Este ano, com os jovens da Sião junto com outros da Primeira Igreja Batista, a cantata O Rei de Amor (Autor: Rodger Strader, Arranjos: Bob Krogstad e Versão: Waldenir Carvalho). Uma linda cantata de natal da qual participei como corista num coro organizado por Cleyde Barros há muito tempo além de a termos executado também com um grupo do qual fiz parte em minha adolescência, chamado: Filhos de Sião. Uma delícia esta cantata. Cantá-la me faz lembrar de um tempinho muito bom da vida.
Neste momento, temos como baixos: Gilson (Banda), Orlando (Dão) e Jonas. Além de Lindenberg (Kiko) e Josivaldo (Zé) que tão gentil e eficazmente, fazem o baixo quando é necessário. No tenor temos Marcelo, Wesley, “Chefe Bade”, Gileno (Da PIB) e os flexíveis Kiko e Josivaldo (o Zé). No soprano temos Patrícia, Joana Dark, Jersonete (nossa Nete), Mirian, Leidiane e Raquel. No segundo soprano, Sheila, Gaby e sua irmã, Adriana, Lenine. No contralto eu tenho Laudir, Valdinete, Miga, Mariane, Midian, Geane, Célia. Se me esqueço o nome de alguém, peço perdão. Neste período cantamos na Primeira Igreja Batista, duas vezes na Igreja Batista Sião, na Praça Ruy Barbosa e nas igrejas batistas do Entroncamento, de Lafaiete Coutinho. Cantamos também na ceia de Natal do Batalhão de Polícia Militar. Foi muito bom. Viajar junto com pessoas tão especiais… hummmmm. Que ma-ra-vi-lha. Sem contar com a presença marcante de Joe Edman, meu namorado no som e ao piano quando pudemos cantar “Tudo é paz”, uma música bem simples e muito conhecida que está no Cantor Cristão. Cantamos assim com um arranjo simples e de muito bom gosto: o coral faz “aleluia” enquanto a igreja canta “Tudo é paz… tudo amor…” Coisa mais linda. Eu nunca vou me esquecer desses ricos momentos que temos vivido.
Ontem íamos à cidade de Itiruçu. Como não deu certo porque o ônibus só chegou às 20:30 horas, cantamos outra vez na Sião com a soprano Gisane Campos Monteiro. Nane chegou para somar conosco e foi outro momento muito especial. Só tenho a agradecer! Nane é formada em música pelo Seminário Batista do Sul do Brasil no Rio de Janeiro e pela UFBA – Universidade Federal da Bahia. Um grande soprano!
Além do Rei de Amor, este coro de jovens da Igreja Batista Sião fez:
– Com os Anjos Cantai! – Uma cantata de músicas Negro-espiritual – linda! Indicada pelo músico Wankleber Vitório Miranda;
– Vivo Está – coisa mais linda do mundo! Apresentamos a Vivo Está em vários lugares, inclusive universidades, hospitais etc. Editamos um filme sobre a vida de Cristo e conseguimos montar o play back por detras do filme, comparando as cenas com todas (todas) as músicas da Vivo Está. Contei com a ajuda de Márcio para cuidar da música e de Luciano para montar o filme. Além da ajuda – é claro! – de Zé. Ficou perfeito o trabalho. Tive estafa no final mas faria tudo de novo. Inesquecível. Tivemos de repetí-la ano passado.
– Cristo – A Luz – parece que esta é do grupo Prisma;
– Emanuel – Deus Conosco – um musical simples mas executado com uma especial unção;
– Pastores Venham Celebrar – Uma saudosa lembrança de tanta gente que não está mais aqui…
– Rei Glorioso – uma linda cantata escrita por meu amigo Luciano Belo, do Norte do País. Esta, cantamos com o coral da Igreja Batista Filadelfia na cidade de Jaguaquara. Interessante junção. Ensaiamos os dois corais separados: um numa cidade, outro na outra. E as apresentações foram emocionantes. Sinto saudades disso.
Fizemos também outras tantas cantatas e musicais ao longo de todos estes anos. Vou me lembrando os nomes e anotando aqui.
Com o coral infantil também fizemos muitas cantatas e musicais de natal. Particularmente eu prefiro trabalhar com crianças porque é muito engraçado, muito gracioso e mais tranquilo. Verdadeiramente me divirto com cada uma delas. Fizemos também muitas peças musicais para o dia dos pais, das mães, para a páscoa e tambem para o natal. Uma Mãe Pra Me Agradar (com a participação brilhante de Kêu, uma doce mulher que fez o papel da mãe na peça que acompanhou o musical), da Bênção Music; Meu Pai é um Amigão; Rei Diferente; Foi Assim (da Bênção Music), O Verdadeiro Dia das Crianças (com a participação maravilhosa de Zé e Sheila como os pais da peça) e outras tantas também. Eu amo coros infantis. AMO! Estou me devendo voltar a sentir esse grande prazer. Há dois anos tive o privilégio de trabalhar uma cantata com a CEMAR – Escola Maria Rosa, que é um espaço para Portadores de Necessidades Especiais. Contamos com a ajuda importante da Profª. Rafaela, uma linda jovem tradutora de LIBRAS – Linguagem Brasileira de Sinais. Tive como corista um menininho chamado Lucas, que não tinha pernas nem braços cantar com tanta alegria e – melhor – ser promovido para a escola regular (aquele menino vai longe! Ganhei meu natal!).
Wankleber Vitório, Cleyde Barros, Elienai Fonseca, Álvaro Silva foram pessoas importantes na minha formação musical.
Joe Edman, Clarindo Júnior, Cleyton Barbosa, Adriano Estevam, Gisane Monteiro, através do grupo Novas Criações, têm sua contribuição musical em minha vida.
Minha mãe Ita, meu pai Bené, minha irmã Vana e meu irmão Marcos, meu pastor Flordenísio Sampaio, a Primeira Igreja Batista e a Igreja Batista Sião nesta cidade também me ajudaram e ajudam a crescer muito. Com esse povinho bom, direta ou inderetamente com sua ajuda, fiz uns cursos de musicalização infantil, de teoria musical, participei de algumas oficinas de música etc. De música mesmo… não sei nada! Rs. Todo mundo sabe disso.
Eu sei que só reproduzo o que já existe. Não construo nada nem faço muita coisa diferente. Mas sinto uma alegria tão grande em poder compartilhar música de boa qualidade com tanta gente boa e que amo, que isso tudo, todo esse movimento, toda essa dinâmica se traduz em vida na minha existência e dá a ela um sentido especial. Sei que a música tem um enorme poder de alegrar pessoas, de presentear o coração. É isso que tenho feito, a começar pelo meu.
Eu sou uma pessoa privilegiada. Poder servir a meu Deus assim… hummm. Que de-lí-cia!
Obs.: A primeira foto foi tirada na apresentação da cantata Vivo Está, que realizei em 2015 com três igrejas aqui em Jequié (Primeira Igreja Batista, Igreja Batista Sião e Igreja Batista do Jequiezinho).
A segunda foto foi tirada no dia das Crianças, em 2014, na Igreja Batista do Jequiezinho.