Estávamos todos num dos laboratórios de Biologia da UESB – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia quando eu fiz uma pergunta que provocou uma lacuna, um enorme silêncio na classe de aproximadamente quinze alunos: professor, o que sua alma busca?
O professor era um velho médico que insistia em afirmar em todas as aulas que Deus não existia. Que cientificamente não havia como prová-lo.
Todos os dias aquele professor nos instigava com aquela velha história de ateísmo. E eu gostava daquele homem e de sua busca pela verdade, embora não concordasse com seu pensamento.
Então o mestre rompeu o silêncio afirmando: “Quando estou sozinho, no silêncio de minhas mais profundas reflexões, minha alma busca a Deus”.
Era, assim, final de uma das mais brilhantes aulas que eu havia tido em toda a minha vida.
Ainda que eu não creia. Ainda que eu não queira eu sou um ser espiritual. Tenho uma alma e ela busca a alguém mais poderoso e forte que eu. Sem o mesmo eu não conseguiria viver.