Amizade x Cumplicidade x Amor.

Eu acredito em amizade entre sexos opostos.

Acredito também na importância de se construir relacionamentos onde a amizade e a sinceridade sejam notas dominantes, ao invés de sensualizar os relacionamentos – coisa tão comum nesses dias.

“Trocar figurinhas” sem confundir as coisas e perceber que podemos caminhar juntos obedecendo aos limites um do outro é, para mim, ponto fundamental para que sejam firmadas boas amizades, com sincero interesse de ajuda mútua.

Isso porque ser dono de seu próprio corpo é um direito inalienável já que ele é espaço do sagrado, verdadeiro templo da Eternidade.

Entretanto o cuidado com seu próprio corpo não deve se dar por simples medo de adoecer. Isso, este medo, em si, já é uma maneira de tornar-se doente.

Cuidar de si mesmo está relacionado a admitir que pessoas são pessoas. Para o bem das outras que, como afirmava Sócrates, o filósofo, voltará para mim mesma.

Como acontece com uma bolinha que você lança contra a parede: ela volta a você com a mesma intensidade com que a jogou.

Então acolher pessoas tem, aqui, um re-significação: abraçar sem aprisionar, como já dizia o dramaturgo inglês Shakespeare.

Por outro lado, também acredito que, com uma só pessoa eu deva compartilhar minha vida, minhas escolhas e ser cúmplice – um do outro.


Uma só pessoa, para mim, basta para exercer a difícil e misteriosa construção de uma profunda e substancial história a dois. Mais íntima. Segura. Feliz.

Experimentar o aconchego de um abraço depois de reparar as arestas é algo singularmente bom.

Estou disposta a isso.

E meus amigos serão sempre – e apenas – meus amigos.



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