Independência da Bahia


Como ontem foi o dia da Independência da Bahia, nada mais justo do que anotar aqui a letra do nosso Hino. Ela foi composta por Ladislau dos Santos Titara. A música é de José dos Santos Barreto.

Uma pena não podê-la ouvir por aqui.

Embora o desejo da verdadeira liberdade ainda seja uma dominante em nossas necessidades cidadãs baianas, fica a utopia, o vislumbre, o romantismo do desejo.

“Dois de Julho”

(Hino da Bahia)

Nasce o sol a 2 de julho

Brilha mais que no primeiro

É sinal que neste dia

Até o sol é brasileiro

Nunca mais o despotismo

Referá nossas ações

Com tiranos não combinam

Brasileiros corações

Salve, oh! Rei das Campinas

De Cabrito e Pirajá

Nossa pátria hoje livre

Dos tiranos não será

Cresce, oh! Filho de minha alma

Para a pátria defender,

O Brasil já tem jurado

Independência ou morrer.

Leito do Rio das Contas em Jequié – BA

Luz do sol que a folha traga e traduz
Em verde novo, em folha, em graça
Em vida, em força, em luz
Céu azul, que vem até onde os pés.
Tocam a terra e a terra inspira
E exala os seus azuis
Reza, reza o rio, córrego pro rio, rio pro mar
Reza a correnteza, roça, beira, doura a areia
Marcha o homem sobre o chão, leva no coração uma ferida acesa
Dono do sim e do não diante da visão da infinita beleza
Finda por ferir com a mão essa delicadeza
A coisa mais querida, a glória da vida.

                   (Luz do Sol - Caetano Veloso)



 
 

Jequié, na Bahia, minha cidade

Minha cidade é lugar onde construo minha história.


É aqui onde nasci, onde vivo, estudo, trabalho.


Aqui eu vejo as delícias de um povo baiano acolhedor e manso, de um pôr-do-sol tipo cartão postal.


As experiências vividas por mim em suas ruas, bairros e esquinas, no Rio das Contas e nestes lugares todos tão meus desta cidade não são as que foram vividas necessariamente por você.


A cidade é o lugar de minhas e das suas singularidades. De nossas particularidades. Das boas e amargas experiências. Do encontro amigáveis. Da boa comidinha e da cultura com a qual, de um modo geral, me identifico.


Minha tendência é imitar o jeito de ser, pensar e agir dos meus conterrâneos porque é aqui onde construímos nossa identidade. Nossa fé. Nossa própria vida.


Eu gosto de pensar e saber que a Praça Ruy Barbosa, por exemplo, me remete a um intelectual que, como qualquer outro baiano, foi e continuar sendo além de participante, patrimônio histórico de minha terra. Pena que seu busto, verdadeira obra de arte do Sr. Bünge, esteja lá sem qualquer iluminação. Sem destaque. Esquecido. Não é valorizado por ninguém. (Outro dia havia até uma placa anunciando a venda de uma casa particular pregada na placa do Ruy!).


A cidade é o lugar onde a gente vive. Onde se constitui família, onde a gente encontra lugar de abrigo e proteção. Assim, à moda de Leonardo Boff, minha cidade é o lugar das vizinhanças e de irmandade. Lugar de aconchego e realizações. Sobretudo é aqui que a coletividade tenta sobreviver. Vai sobrevivendo.


Assim, Jequié é o lugar de minhas e de suas possibilidades.


Se penso assim, minha interferência nesta comunidade é algo imperativo. Eu estou aqui dentro e percebo, em minha pele, que o mal que fere a cidade machuca meu próprio calo. Sinto reflexos do que nos maltrata a todos: violência gera violência; injustiça social gera violência e desamor; desigualdade social gera violência. O mal só pode geral o próprio mal.


Nossa liderança política deve ter sensibilidade para olhar atentamente às necessidades da população, do gemido social.


Deve também conduzir de forma justa e respeitosa o erário público.


Negar o suborno ou as facilitações que apenas atendam às prioridades pessoais.


Deve respeitar e fazer valer os direitos da coletividade.


Que todas as instâncias do poder público não usem indevidamente os bens e serviços do Município como tanto se faz.


Se esses e outros limites da democracia forem atendidos, nosso lugar será muito mais acolhedor e promissor para toda a população.