Sob a tranqüila e firme direção do Pr. Arno Hübner, entre os dias 16 a 22 de fevereiro, no feriado de Carnaval de 2007, estivemos no Acampamento Geral dos Batistas Baianos – Acamp’Bab. São 65 anos de existência deste evento evangélico marcado por grandes oradores, pela presença de várias pessoas de todo a Bahia e de muita graça de Deus.
Toda a infra-estrutura foi, ao longo dos anos, sendo melhorada e utilizamos tanto a Primeira Igreja Batista de Jaguaquara como lugar de culto quanto às dependências do famoso Colégio Taylor Egídio e agora também da Escola Rural Taylor Egídio (ERTE) como apoio para a hospedagem e refeitório.
Não dá para falar do Acampamento sem pontuar o clima maravilhoso que nos dá a impressão de estarmos na Europa em pleno interior da Bahia. Além da presença das palmeiras imperiais que dão um ar de requinte e rara beleza ao lugar.
Há muito que falar desse evento. O silêncio presente nos espaços, o clima, os encontros e mensagens são fatores que nos permitem reflexões, questionamentos e uma especial inspiração para todo o ano. É como se precisássemos daquilo para repor as baterias necessárias para viver. Gosto de uma espiritualidade saudável, sem imposições.
Este ano teve como tema “Celebrando Cristo em Meu Viver”. Tivemos várias oficinas sobre Melhor Idade, Liderança, Jovens e Adolescentes, Louvor e Adoração, Encontro de Pastores, Beleza Feminina, Esportes, Cultos Matutinos, Corais e outras tantas atividades.
Como líder do louvor tivemos Álvaro Júnior e sua equipe. Um jovem com uma simplicidade impressionante, possuidor de uma bela voz que, junto com sua graciosa equipe, assumiu parte do louvor. Digo parte porque além dele tivemos o coro sob a regência de Guilherme Hübner, vários grupos musicais, a cantora Joanita Monteiro, Gisane (também Monteiro) bem como outras expressões com crianças, quartetos, grupos femininos etc.
Como orador oficial tivemos a presença do inesquecível Pr. Manfred Grellerd, Diretor da Visão Mundial. Essa, para mim, foi a parte mais significativa do encontro. O mensageiro discorreu sobre a espiritualidade e praticidade do Sermão do Monte. No início de sua fala ele sempre pontuava pessoas que assumiram e/ou assumem estilos de vida ligadas ao grande sermão e mostrava assim, como seria possível internalizar e praticar tais lições.
Ler a mensagem de Jesus Cristo junto com o Pr. Manfred é dar vida a algo que a gente sempre leu e não deu muita importância. É ter reavivado a fé. É tomar novo fôlego e desejar ficar aos pés da cruz só pra sorver tudo o que Ele tem proposto ao ser humano.
Em dias de tanta dificuldade, de tanto ódio e desigualdade social; em dias tão incertos e violentos em que vivemos, vale a pena esquecer-se um pouco, se retirar a um lugar como aquele e tentar viver ou, ao menos, conhecer a proposta de algo diferente do Capitalismo Selvagem e do Marxismo Autoritário.
Eu ainda não havia pensado que construir pilares existenciais sobre o Cristianismo – não essa pseudo-religião que está na moda – significa essencialmente apontar alternativa para o planeta. Essa outra opção de que os teóricos tanto falam e parecem até tocar. Se não for por essa via (a do céu), será sempre uma simples utopia.
Estou certa de que a Igreja tem muito que fazer. Basta acordar.
Acho que voltei mais crente.