(já que praticamente não estou mais no famigerado mundo acadêmico, tenho a liberdade de ‘livremente’ pensar o texto abaixo).
Para a sorte do Dr. Breuer o seu encontro com o Sr. Nietzsche aconteceu apenas nos escritos literários do Dr. Irvin.
Eu detestaria viver ao lado do Sr. Nietzsche ou ser por ele interpelada. Acho que sim.
Para mim ele é um presunçoso. Um inquiridor.
Ao mesmo tempo ele me atrai, fascina e cansa.
Especialmente me cansa muito.
Afirmar que “morre-se muitas vezes enquanto se vive” é um pouco do que penso. Confesso.
Volta e meia concordo com ele.
Mas quando ele diz, além de tantas outras coisas, que sua experiência com a inspiração não vem de sua procura, nem de suas indagações e que seus escritos não vêm de suas escolhas e sim se impõem sobre ele com o imperativo de ser escrito, independente de sua vontade, é também a minha experiência. A de Manoel Bandeira também. Acredito que seja a experiência de tanta gente além de nós…
Agora mesmo, na madrugada, tive que deixar minha cama quentinha para escrever esse texto. Eu não controlo essas coisas. As idéias são que mandam em mim.
Só não vejo as pessoas pretensiosamente indicando que “duvidamos de que deveríamos voltar atrás milhares de anos para encontrar alguém igual a mim.”
Faltou-lhe humildade, Senhor Nietzsche. Nesta e em tantos outros escritos seus.
O Senhor é uma pessoa que, de tanto perseguir a verdade, inquire nossos mais profundos valores e nos questiona até à fadiga.
Como bem sugere o escritor Irvin, supostamente não teria sido fácil tratar suas dores físicas. As interiores, as mentais… impossível de serem sequer identificadas.
Seus médicos provavelmente sofreram com sua presença, uma vez que, já que o Senhor conhecia muito suas patologias, deveria ser um insistente questionador.
Talvez, em alguns casos, melhor que seus próprios médicos mesmo.
Um chato. Pensante. Instigante. Um homem difícil.
Fico aflita com quem me instiga tanto. Com quem tenta escravizar e fatigar minha mente, pois, como bem afirma o Senhor, “Superar-se e enfrentar-se dói.”
Dói mesmo. Rs.
Também tenho essa dualidade em relação a Nietzsch! ele me facina, me pate fortemente com seus texto… no fundo ele e um pregador de palavras e textos tristtes porem verdadeiros! visite meu blog! também tento falar atraves de nietzsch
http://papeleborrao.blogspot.com/